3° Congresso Brasileiro de Iconografia Musical

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Iconografia, Música e Cultura:
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Mary Angela Biason
Museu da Inconfidência - Ouro Preto – MG
(GT RIdIM-Brasil - MG)

A música de farda: análise iconográfica da publicação do “Uniformes do Exército Brasileiro – 1720-1922” desenhado e aquarelado por José Wasth Rodrigues

Resumo

Por ocasião da morte de José Wasth Rodrigues (1891-1957), Carlos Drummond de Andrade se referiu a ele como “um dos maiores historiadores brasileiros, não pela palavra escrita, mas pela imagem”. A admiração do escritor não era apenas retórica. Além de pintor, desenhista e ilustrador, Wasth foi profundo conhecedor do mobiliário, indumentária, armaria e arquitetura brasileira do período colonial e defensor da preservação do patrimônio histórico e artístico nacional. Esse saber foi construído em um contexto intelectual que ficou conhecido como Neocolonialismo, movimento disseminado em vários países das Américas no início do século XX e pregava a valorização e nacionalização de referenciais estéticos coloniais como embriões de uma cultura própria, em contraposição à descaracterização que acontecia através da invasão de modelos neoclássicos e ecléticos europeus. Para dar sustentação a seus estudos, Wasth se valeu da iconografia e documentação histórica, como também de exemplos arquitetônicos ainda existentes em várias cidades brasileiras. Um de seus trabalhos resultou em 223 pranchas desenhadas e aquareladas com centenas de militares para o livro Uniformes do Exército Brasileiro, com texto introdutório de Gustavo Barroso. A publicação feita para as comemorações do centenário da Independência do Brasil em 1922 ordenou cronologicamente duzentos anos da história da indumentária do exército. No interesse específico da iconografia musical estudaremos os soldados músicos ali retratados. A partir delas somos levados a considerar os vários aspectos sobre a construção desses modelos frente ao movimento de valorização do caráter nacional.

 

Breve biografia

Graduada em Composição e Regência na UNESP - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, continuou seus estudos de musicologia em Portugal, é Mestre em Artes pela USP - Universidade de São Paulo.  Tem-se especializado na organização de acervos de documentos musicais, desenvolvendo trabalhos no Museu da Inconfidência em Minas Gerais, no Museu Carlos Gomes em Campinas, como também a catalogação e divulgação do repertório produzido no Brasil nos períodos colonial e imperial, além do repertório tradicional das bandas de música do município de Ouro Preto através de festivais que coordena.  Entre os vários trabalhos realizados, destacam-se as publicações de catálogos temáticos e de obras transcritas vocacionadas para o repertório brasileiro dos séculos XVIII e XIX e curadoria de exposições.  Além da musicologia, estudou museologia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e restauração de papéis no Istituto per l’Arte ed il Restauro “Palazzo Spinelli” em Florença como bolsista da Rotary Foundation.    É membro da Câmara Técnica de Paleografia e Diplomática do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) e da Grupo de Trabalho do Repertório Nacional de Iconografia Musical (RIdIM-Brasil) em Minas Gerais.

 

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Julho 20-24, 2015 - Salvador (Bahia), Brasil