Egberto Bermúdez
(Universidad Nacional de Colombia; IMS)
Fontes iconográficas e atividade musical na periferia: um caso latino-americano (1780-1820)
Há pouquíssimas notícias sobre a atividade musical nos setores urbanos marginais e nas regiões periféricas do que foi o Vice-reinado de Nova Granada (atual Colômbia) no final do período colonial e o início da vida republicana. Partindo de fontes iconográficas e complementando esta informação com fontes documentais históricas, este trabalho enfoca a reconstrução das principais características da vida musical em alguns casos de cidades como Santafé (hoje Bogotá) e Cartagena, assim como a cidade de El Socorro (no nordeste de Santafé) no período entre a insurreição popular de 1781, chamada de Os Comuneros e a consolidação da nova república após a expulsão definitiva do governo espanhol nos primeiros anos da década de 1820.
Breve biografia
Egberto Bermúdez estudou musicologia e interpretação de música antiga na Guildhall School of Music e no King’s College da Universidade de Londres.
Atualmente é Professor titular da Universidade Nacional de Colômbia, docente do Instituto de Investigações Estéticas dessa universidade, do qual foi Diretor durante o período 2009-2014. Tem publicado numerosos livros e artigos sobre temas musicais como: Los Instrumentos musicales de Colombia (1985), Música Religiosa: Siglos XVI y XVII (1988). Foi o diretor musical da coleção discográfica intitulada: “Música Tradicional y Popular Colombiana”, elaborada por Procultura em 1987, e da coleção de fitas cassettes sobre compositores colombianos e latino-americanos publicada pelo Banco da República em 1989.
Desenvolveu intensa labor como docente e diretor de jovens músicos com os quais participou em festivais de música como o de Zipacón. Fundou e regeu o grupo CANTO, especializado no repertório espanhol e latino-americano do período colonial. Em 1992, junto a Juan Luís Restrepo, estableceu a Fundación de Música, entidade que objetiva dar a conhecer a todos os públicos os resultados da pesquisa sobre o passado musical colombiano. Foi presidente da Historical Harp Society desde 1998 até 2001. Desde 2017 ocupa o cargo de vicepresidente da Sociedade Internacional de Musicologia (International Musicological Society – IMS).